A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que teve início no Congresso Nacional, concentra suas investigações nas fraudes previdenciárias ocorridas durante as gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que as irregularidades começaram no governo Temer e se tornaram mais graves durante a administração Bolsonaro, com o cadastramento de instituições fantasmas. A base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva busca também destacar que foi sob sua gestão que os descontos indevidos foram interrompidos.
Com mais de 800 requerimentos já apresentados, a CPMI pretende convocar ex-ministros e investigar documentos da Polícia Federal para esclarecer as irregularidades. A oposição, liderada por Carlos Viana (Podemos-MG), que preside a comissão, pretende usar o espaço para reforçar acusações contra o governo Lula, alegando que ele permitiu descontos irregulares em aposentadorias. A expectativa é que a CPMI se torne um campo de batalha política, onde ambos os lados buscam garantir a maioria para aprovar pedidos cruciais.
As implicações dessa investigação são significativas, pois podem afetar a reputação dos ex-presidentes e do governo atual. Enquanto a oposição tenta vincular Lula a falhas na gestão previdenciária, o governo se compromete a colaborar com os trabalhos da CPMI, buscando um relatório equilibrado que reflita a verdade dos fatos. O desenrolar dessa comissão poderá influenciar não apenas a percepção pública sobre as gestões passadas, mas também o cenário político atual e futuro do Brasil.