A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS dá início nesta terça-feira (26) à investigação de fraudes bilionárias que prejudicaram aposentados e pensionistas. O foco da CPMI são os descontos indevidos em benefícios previdenciários, realizados por sindicatos e associações sem autorização dos beneficiários, além de empréstimos consignados fraudulentos. O prejuízo total é estimado em mais de R$ 6 bilhões, afetando milhões de beneficiários entre 2019 e 2024.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi eleito presidente da CPMI, enquanto o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) assume a relatoria. A comissão tem como objetivo responsabilizar as entidades sindicais e associações envolvidas nos descontos irregulares, bem como gestores públicos do INSS e do Ministério da Previdência Social. Os aposentados devem consultar seus extratos do INSS para verificar possíveis descontos não autorizados e podem contestar esses valores através de canais digitais ou presenciais.
Os beneficiários têm até 14 de novembro de 2025 para solicitar o ressarcimento dos valores descontados indevidamente. A CPMI não apenas investiga as fraudes, mas também busca esclarecer aos aposentados como proceder para proteger seus direitos e recuperar valores que lhes pertencem. Essa iniciativa é crucial para garantir a integridade do sistema previdenciário e a segurança financeira dos aposentados no Brasil.