A CPMI do INSS se prepara para uma nova fase, com a apresentação do plano de trabalho pelo relator Alfredo Gaspar, marcada para amanhã, 26 de agosto. Durante uma reunião no Palácio do Planalto, deputados da base governista discutiram estratégias para evitar uma derrota como a da semana passada e priorizam a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro para depor. Em contrapartida, a oposição busca convocar Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades sob investigação. Apesar da pressão, não há indícios de envolvimento de Frei Chico em esquemas fraudulentos até o momento.
Na semana anterior, a oposição conseguiu reverter a situação ao indicar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da CPMI e Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator, desafiando acordos prévios com líderes governistas. O deputado Izalci Lucas (PL-DF) enfatizou a importância de uma investigação isenta, afirmando que irregularidades devem ser apuradas sem distinção partidária. Por sua vez, o deputado Rogério Correa (PT-MG) criticou a convocação de Frei Chico e defendeu a chamada de Bolsonaro e do ex-ministro Sergio Moro, ressaltando que as fraudes foram denunciadas durante a gestão do ex-presidente.
Com a CPMI em andamento, as expectativas são altas quanto à transparência e à abrangência das investigações. A oposição promete investigar todas as irregularidades relacionadas ao INSS, independentemente de quem esteja envolvido. A situação política em torno da CPMI reflete tensões entre governo e oposição, com cada lado buscando fortalecer sua posição e garantir que suas narrativas prevaleçam durante as apurações.