A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Acreúna, Goiás, recomendou a cassação do mandato do prefeito Claudiomar Portugal. O relatório final da investigação, que apurou possíveis irregularidades em contratos de saúde pública, deve ser votado nos próximos dias. Claudiomar se manifestou nas redes sociais, alegando que as acusações são falsas e visam prejudicar sua imagem.
As investigações da CPI focaram em um contrato de terceirização de serviços médicos com a empresa Castro Herênio Serviços Médicos LTDA, que tem como sócia a nora do prefeito, Marília de Paula Freire. O relatório aponta que o contrato inicial de R$ 3,6 milhões sofreu sete aditivos, totalizando R$ 22 milhões, um aumento de 498%, sem a devida justificativa técnica, em desacordo com a Lei 8.666/93.
O documento estima um dano potencial de R$ 2,38 milhões ao erário e caracteriza a situação como nepotismo indireto, comprometendo os princípios de impessoalidade e moralidade administrativa previstos na Constituição Federal. A CPI concluiu que Claudiomar tinha conhecimento das irregularidades e manteve os contratos que beneficiaram familiares e aliados políticos.
Em resposta, Claudiomar Portugal defendeu sua conduta em um vídeo, afirmando que sempre atuou com dignidade e sem envolvimento em corrupção. Ele alegou estar sendo alvo de perseguições por parte de adversários que não aceitaram os resultados das urnas e desafiou a comprovação das acusações feitas contra ele.