A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) recebeu ao menos 586 requerimentos desde sua instalação em 20 de agosto de 2025. Dentre esses, 104 são pedidos de quebra de sigilo, que envolvem investigações sobre fraudes e desvios em benefícios de aposentados e pensionistas. O presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), deve pautar os requerimentos, com as primeiras votações agendadas para a próxima terça-feira, 26 de agosto.
A CPI surge em um cenário político conturbado, onde a oposição busca convocar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ministros do governo Lula, como Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) e Vinícius de Carvalho (CGU). A investigação é uma resposta à operação “Sem Desconto”, deflagrada pela Polícia Federal em abril de 2025, que apura descontos indevidos em aposentadorias e pensões. A articulação da oposição para a presidência da CPI, que agora está sob o comando de Carlos Viana, reflete uma tentativa de fragilizar a gestão do atual governo em um ano eleitoral.
As implicações dessa CPI podem ser significativas, não apenas para os envolvidos nas investigações, mas também para o cenário político nacional. Com mais da metade dos requerimentos protocolados por um único senador, Izalci Lucas (PL-DF), a comissão pode se tornar um palco de disputas políticas intensas. A pressão sobre o governo Lula aumenta à medida que a CPI avança, potencialmente influenciando a percepção pública e as próximas eleições.