A CPMI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) começa seus trabalhos na próxima terça-feira, 26 de agosto de 2025. No primeiro encontro, serão analisados 586 requerimentos apresentados por congressistas, além da escolha do vice-presidente da comissão. O plano de trabalho será entregue pelo relator Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) na quinta-feira, 28 de agosto.
Até a instalação da comissão em 20 de agosto, o governo estava confiante em manter o controle da CPMI. No entanto, a oposição conseguiu eleger o senador Carlos Viana (Podemos-MG) para a presidência, desafiando a base governista. Com a relatoria agora sob Alfredo Gaspar, aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governo terá que lidar com uma nova dinâmica no Congresso, onde a oposição poderá convocar ministros e investigar fraudes no INSS.
A investigação das fraudes, que levou à demissão do ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT), é um ponto central da CPMI. A Polícia Federal deflagrou a operação Sem Desconto para apurar irregularidades nos descontos em aposentadorias e pensões do INSS. Com a maioria dos integrantes da comissão pertencendo a blocos historicamente governistas, o governo ainda pode encontrar apoio, mas os desafios são significativos diante do novo cenário político.