A CPI do INSS aprovou nesta terça-feira a convocação de 55 pessoas, mas excluiu Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da lista. A decisão foi fruto de um acordo entre governistas e opositores, que concordaram em ampliar o escopo da investigação para incluir o período do governo de Dilma Rousseff. Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), não é investigado e seu sindicato nega qualquer irregularidade.
O plano de trabalho proposto pela oposição prevê que a apuração comece em 2015, durante a gestão Dilma, mas os governistas resistiram à ideia. A votação dos requerimentos na comissão só ocorrerá se houver consenso sobre todos os nomes analisados, o que deve proteger Frei Chico de uma convocação individual. O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que não haverá convocações sem provas concretas de participação.
A estratégia do governo visa conter danos políticos após a oposição assumir o comando da comissão, com Viana na presidência e Alfredo Gaspar (União-AL) na relatoria. A base governista considera essa decisão uma vitória significativa em um ambiente político desafiador, onde a articulação é crucial para evitar convocações indesejadas e preservar a imagem do governo.