A coxinha de Araguari, famosa por sua receita exclusiva criada por Vilma de Fátima Clemente Salomão, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Cultural e Gastronômico de Minas Gerais. A aprovação ocorreu em julho, durante sessão da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com o objetivo de valorizar a cultura regional e suas tradições culinárias.
A receita, que é vendida na cidade desde 1970, surgiu em um momento de necessidade, quando Vilma buscava uma fonte de renda extra para sustentar a família enquanto seu marido estava doente. Inspirada por uma coxinha de pernil que experimentou em um bar local, ela desenvolveu sua própria versão, aperfeiçoando a massa ao longo de cinco anos para garantir a crocância ideal.
Aos 87 anos, Vilma expressou sua gratidão pelo reconhecimento, destacando a simplicidade de seu trabalho e o compromisso com a qualidade do produto. O Bar Apolo, onde a coxinha é servida, foi nomeado em homenagem à missão Apollo 11 da NASA, refletindo a conexão da fundadora com a história e a inovação.
Com mais de 50 anos de história, a coxinha de Araguari não apenas representa uma iguaria local, mas também simboliza a resiliência e a criatividade de sua criadora, consolidando-se como um ícone da gastronomia mineira.