Moradores de diversos bairros da zona norte e sul de São Paulo relatam problemas recorrentes com a falta d’água, que se intensificaram após a Sabesp anunciar uma redução na pressão do abastecimento. Givanildo Santos, proprietário de uma barbearia na Brasilândia, descreve como a escassez de água se tornou parte do cotidiano, obrigando-o a buscar água com vizinhos. Gabriel Lima, motorista escolar no Jardim Apurá, revela que a situação já dura mais de uma década e teme que a nova medida da Sabesp agrave ainda mais os cortes, que já ocorrem em horários críticos.
A crise hídrica em São Paulo é um problema histórico, e a redução da pressão na água, implementada pela Sabesp para economizar recursos devido ao baixo nível dos reservatórios, levanta sérias preocupações entre os moradores. Adriana Amorim, aposentada do Brooklin, e Roberto Gomes, aposentado da Vila Guarani, também compartilham suas experiências com a falta d’água, que afeta diretamente suas rotinas diárias. A geografia da cidade e a infraestrutura deficiente complicam ainda mais o abastecimento em áreas mais altas.
As reclamações dos moradores levaram à intervenção da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp), que já multou a Sabesp em R$ 2,5 milhões por falhas no abastecimento. Com novas análises em andamento, a situação pode resultar em mais penalizações para a companhia, enquanto os cidadãos continuam a enfrentar os desafios diários impostos pela escassez de água.