Coromandel, localizada no Alto Paranaíba, ainda não conseguiu identificar os kimberlitos que deram origem aos dois maiores diamantes do Brasil, o Getúlio Vargas, encontrado em 1938, e um segundo achado em 2025. O geólogo Daniel Fernandes explica que esses ‘mini vulcões’ são essenciais para a extração de diamantes, pois eles se formam a grandes profundidades e são trazidos à superfície por erupções explosivas. A localização dessas fontes poderia proporcionar uma riqueza inimaginável para a cidade.
Os kimberlitos são formações geológicas que expeliram diamantes formados no manto da Terra, e Coromandel está situada em uma das áreas diamantíferas de Minas Gerais. Fernandes ressalta que a busca por esses locais exige um trabalho meticuloso de análise do solo, onde características naturais podem indicar a presença dos kimberlitos. A cidade, com menos de 30 mil habitantes, tem um PIB per capita elevado e uma cultura local que valoriza os diamantes, com moradores frequentemente carregando pequenas gemas como símbolo de orgulho.
A extração de diamantes em Coromandel é regulamentada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e realizada por cerca de 80 empresas e cooperativas. O prefeito Fernando Breno destaca que apenas 2% da receita bruta da venda de diamantes é destinada ao município, refletindo um modelo de exploração mineral que busca segurança e sustentabilidade. Com baixos índices de criminalidade, Coromandel se destaca como uma área segura para a mineração e a vida comunitária.