A Coreia do Norte acusou, nesta sexta-feira (22), as tropas da Coreia do Sul de dispararem tiros na fronteira, classificando o episódio como uma ‘provocação deliberada’. O incidente ocorreu em 19 de agosto, quando soldados norte-coreanos estavam reforçando a linha divisória na Zona Desmilitarizada (ZDM). O Exército sul-coreano confirmou os disparos, alegando que foram uma resposta a soldados norte-coreanos que cruzaram rapidamente a fronteira. O último confronto entre as duas nações foi registrado em abril.
As tensões entre as duas Coreias aumentam em meio a exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos, programados até 28 de agosto, que simulam respostas a possíveis ataques nucleares e de mísseis. O vice-chefe do Estado Maior do Exército norte-coreano advertiu que o país ‘não assumirá nenhuma responsabilidade pelas graves consequências’ se o alerta for ignorado. Kim Jong-un também criticou as manobras militares como uma ‘expressão óbvia da vontade de provocar guerra’ e defendeu a expansão do arsenal nuclear da Coreia do Norte.
Esse episódio ressalta a fragilidade da situação na península coreana, onde qualquer incidente pode rapidamente escalar para um conflito maior. A retórica agressiva de ambos os lados sugere que a diplomacia é cada vez mais necessária para evitar um confronto direto. A comunidade internacional observa atentamente, temendo que a escalada das tensões possa ter repercussões globais significativas.