O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou nesta terça-feira, 5, a ata de sua última reunião, reiterando que o cenário atual apresenta incertezas que elevam os riscos inflacionários. Os membros do comitê destacaram que a interpretação dos dados deve ser cuidadosa, considerando não apenas os aspectos quantitativos, mas também a intensidade e a probabilidade dos riscos identificados.
Entre os riscos de alta para a inflação, o Copom mencionou a possibilidade de desancoragem das expectativas inflacionárias, uma resiliência maior na inflação de serviços e a influência de políticas econômicas internas e externas que poderiam resultar em uma taxa de câmbio mais depreciada. Por outro lado, os riscos de baixa incluem uma desaceleração mais acentuada da economia doméstica e uma queda nos preços das commodities, que poderiam ter efeitos desinflacionários.
O comitê se comprometeu a monitorar de perto a atividade econômica, o impacto da volatilidade cambial na inflação e as expectativas inflacionárias, que permanecem desancoradas. A ata enfatizou que os vetores inflacionários continuam adversos, o que exige uma política monetária contracionista por um período prolongado para garantir que a inflação converja para a meta estabelecida.