COP30: Entenda o funcionamento do mercado de carbono no Brasil

Fernando Alcântara Mendonça
Tempo: 2 min.

A COP30 está em andamento e traz à tona a discussão sobre o mercado de carbono no Brasil, que foi sancionado em dezembro de 2024. Este mecanismo econômico visa precificar as emissões de gases do efeito estufa, permitindo que empresas compensem suas emissões por meio da compra de créditos de carbono, gerados por projetos que reduzem ou removem essas emissões. A previsão é que o mercado funcione plenamente até 2030, mas sua implementação ainda enfrenta desafios regulatórios.

O mercado de carbono é dividido em duas categorias: o voluntário, onde empresas buscam atingir suas próprias metas de redução, e o regulado, que impõe limites de emissões a setores específicos. No Brasil, o sistema será obrigatório para empresas que emitem mais de 25 mil toneladas de gases do efeito estufa anualmente. Críticas surgem de ONGs ambientais que argumentam que esse modelo pode ser uma ‘licença para poluir’, enquanto defensores afirmam que a regulação trará maior competitividade às empresas que reduzirem suas emissões.

As implicações desse mercado são significativas, pois podem alterar a dinâmica econômica e ambiental do país. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável defende que a regulação forçará as empresas a internalizar os custos das emissões, promovendo uma mudança estrutural necessária para enfrentar a crise climática. Assim, a COP30 não apenas discute um novo modelo econômico, mas também o futuro da sustentabilidade no Brasil.

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