A realização da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em Belém enfrenta desafios devido aos altos preços de hospedagem, conforme anunciado na última quinta-feira (31) pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente do evento. Representantes de países em desenvolvimento expressaram preocupações sobre a viabilidade de participar do evento, citando custos de hospedagem considerados "extorsivos".
Durante uma reunião com a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e autoridades brasileiras, foi discutida a possibilidade de transferir a COP30 para outra cidade. No entanto, a organização do evento confirmou que a conferência permanecerá em Belém, reafirmando seu compromisso com uma conferência "ampla, inclusiva e acessível".
Para atender às demandas das delegações, especialmente dos países com menor capacidade financeira, a Secretaria Extraordinária da COP30 anunciou a disponibilização de 2.500 quartos individuais, com tarifas variando de US$ 100 a US$ 600. A política de hospedagem inclui 15 quartos por delegação para 73 países classificados como Países Menos Desenvolvidos e Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, com preços entre US$ 100 e US$ 200.
A pressão internacional sobre o Brasil para abordar os preços abusivos culminou em uma reunião de emergência do "COP Bureau" da ONU, onde foi acordado discutir questões relacionadas à acomodação e outros aspectos logísticos em um encontro marcado para o dia 11 de agosto. A COP30 está programada para ocorrer entre 10 e 21 de novembro em Belém.