A Conferência das Partes (COP30) ocorrerá em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025, mas já gera uma intensa mobilização de eventos paralelos. Um dos principais encontros será a Cúpula dos Povos, programada para 12 a 16 de novembro na Universidade Federal do Pará, com expectativa de reunir mais de 15 mil participantes em uma agenda que inclui debates e atos públicos. Mais de 700 organizações do Brasil e do exterior estão envolvidas, enfatizando que a crise climática afeta diretamente as comunidades locais.
Além da Cúpula dos Povos, iniciativas como o COP das Baixadas estão criando espaços de diálogo climático nas periferias de Belém, com o objetivo de ampliar as chamadas Yellow Zones. Atualmente, quatro dessas zonas estão ativas na região metropolitana, com planos para expandir para doze até novembro. A Conferência da Juventude do Clima (COY) também deve ocorrer nesses espaços, promovendo a troca de experiências entre jovens de diferentes países sobre ações climáticas.
Entretanto, a Green Zone, espaço oficial destinado à sociedade civil, tem gerado polêmica devido aos altos custos para participação, que podem afastar movimentos menores e organizações sem financiamento. A Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) planeja levar cerca de 10 mil indígenas à Cúpula dos Povos, dentro de uma mobilização maior que pode atingir 30 mil pessoas. A inclusão e representatividade continuam sendo questões centrais à medida que o evento se aproxima.

