A COP30, que ocorrerá em novembro em Belém, Brasil, enfrenta um cenário preocupante após a quinta rodada de negociações em Genebra, onde representantes de 184 países não conseguiram chegar a um consenso sobre o primeiro tratado internacional contra a poluição plástica. O secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, destacou que essa falta de acordo é um ‘péssimo indicativo’ para o futuro da conferência.
Durante as discussões, países produtores de petróleo e plástico, como Rússia e Estados Unidos, rejeitaram propostas que visavam limitar a produção e o uso desses materiais. Astrini alertou que as disputas nas negociações podem impactar conferências maiores sobre mudanças climáticas, dificultando o progresso em questões cruciais como a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, apenas 27 dos 198 países signatários do Acordo de Paris apresentaram novas metas climáticas até agora, o que levanta sérias dúvidas sobre a capacidade coletiva de enfrentar a crise climática. Com a COP30 se aproximando e a falta de compromissos adequados por parte de nações importantes, a expectativa é de que a ONU não consiga elaborar um relatório eficaz a tempo do evento, comprometendo ainda mais as discussões sobre o futuro do clima global.