Com menos de três meses para o início da COP30 em Belém, apenas 39 delegações de países confirmaram suas reservas na plataforma de hospedagem do governo federal. Além disso, oito países, incluindo Egito e Espanha, optaram por locações externas, resultando em apenas 47 das 196 delegações previstas com acomodações garantidas. A secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, reafirmou que não haverá mudança na cidade sede do evento durante uma reunião com a equipe da ONU.
A situação crítica das reservas de hospedagem levou o governo brasileiro a criar uma força-tarefa para auxiliar na negociação de acomodações para as delegações estrangeiras. O Brasil também negou um pedido da ONU para subsidiar as hospedagens e solicitou um aumento no auxílio financeiro destinado aos países participantes. Com mais de 2.600 quartos disponíveis na faixa de até US$ 600, o governo está adaptando escolas para funcionarem como albergues e negociando outras opções para atender à demanda.
A crise de hospedagem é acentuada pelo aumento exorbitante dos preços, com algumas reservas ultrapassando R$ 1 milhão. Em resposta a essa situação, 29 países solicitaram a mudança da sede do evento, mas o Brasil reafirma seu compromisso com Belém. Durante a reunião com a ONU, o governo brasileiro defendeu que a entidade busque soluções mais eficazes e se comprometeu a garantir que a disponibilidade de leitos não será um problema ao final da conferência.