A Conferência do Clima da ONU (COP30), agendada para novembro em Belém, visa estabelecer uma das metas mais ambiciosas da história: garantir US$ 1,3 trilhão por ano para financiar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Especialistas alertam que esse montante sem precedentes é crucial para apoiar países em desenvolvimento, que enfrentam os impactos mais severos de eventos climáticos extremos. Durante o evento, na capital paraense, nações ricas e bancos multilaterais estarão sob pressão para viabilizar esses recursos essenciais.
Em entrevista à CNN, James Scriven, CEO do BID Invest, expressou otimismo quanto à possibilidade de alcançar essa meta, enfatizando a importância de uma mudança de mentalidade e da inclusão de soluções financeiras criativas. Ele destacou que o papel do setor privado nas discussões climáticas tem crescido significativamente desde sua primeira participação na COP em Glasgow. Scriven acredita que a conferência em Belém será um marco, trazendo o setor privado para o centro da conversa sobre soluções climáticas.
Apesar das tensões globais atuais, como guerras e conflitos comerciais, Scriven vê a COP30 como uma oportunidade para unir esforços em torno da crise climática. Ele acredita que, mesmo diante de desafios, soluções tangíveis podem emergir do encontro em Belém, refletindo um compromisso global renovado com a sustentabilidade e a ação climática. A expectativa é que a conferência não apenas mobilize recursos financeiros, mas também promova um diálogo mais ativo entre os setores público e privado.