O vice-presidente do Bureau da COP, Juan Carlos Monterrey Gómez, expressou severas críticas à organização da COP30 no Brasil, durante uma reunião em 22 de agosto de 2025. Ele classificou os preços das acomodações em Belém, Pará, como um ‘insulto’ e uma ‘insanidade’, destacando que os valores estão entre 200% e 400% acima do limite de subsistência estabelecido pela ONU. Gómez enfatizou a falta de respeito por parte do governo Lula e a frustração das delegações internacionais, que enfrentam dificuldades logísticas significativas.
A reunião foi a terceira entre autoridades brasileiras e representantes do Bureau da UNFCCC nos últimos dois meses, e as preocupações sobre a logística do evento foram reiteradas. Apesar de o governo brasileiro afirmar que há mais de 2.600 quartos disponíveis, mais de 70% das delegações ainda não realizaram reservas. Gómez solicitou formalmente ao secretariado da ONU que considere alternativas para a cidade-sede, dada a insatisfação generalizada com as condições atuais.
As declarações de Gómez levantam questões sobre a eficácia da organização da COP30 e seu impacto na participação internacional. A possibilidade de mudança da cidade-sede pode ser uma solução viável para garantir que o evento respeite os princípios do multilateralismo e promova um ambiente propício para o diálogo e a cooperação entre as nações. O descontentamento crescente pode afetar a imagem do Brasil como anfitrião de eventos internacionais.