A presidência da COP30 está atenta à inclusão dos direitos indígenas e das mulheres nas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), com apenas 22 países já apresentando suas propostas até o momento. A diretora executiva da COP30, Ana Toni, enfatizou a importância de que todos os países considerem esses direitos em suas NDCs durante uma reunião na Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira (5).
O evento, que reuniu comissões sobre a Amazônia, direitos das mulheres e meio ambiente, abordou o tema 'COP 30: um compromisso com as vidas que sustentam os biomas'. Ana Toni destacou que a conferência no Brasil será marcada pela participação ativa de populações vulneráveis, como mulheres e indígenas, que devem ser vistas não apenas como vítimas, mas como líderes na luta contra as mudanças climáticas.
A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, ressaltou a mobilização contínua para dialogar com comunidades indígenas sobre a COP30 e a necessidade de acesso a financiamentos climáticos. Já a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, anunciou a criação de um protocolo para proteger as mulheres em situações de emergência climática, destacando o papel fundamental delas na reconstrução de comunidades após desastres naturais.
O seminário foi solicitado por várias deputadas que buscam fortalecer uma agenda legislativa alinhada com os compromissos de justiça climática e igualdade de gênero, reafirmando a importância de garantir que as vozes femininas sejam ouvidas nas discussões climáticas.