O Brasil foi oficialmente escolhido para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP30, que ocorrerá em Belém a partir de 10 de novembro de 2025. Com a expectativa de receber cerca de 40 mil visitantes, incluindo líderes mundiais e representantes da sociedade civil, o evento gera euforia, mas também preocupações. Nos últimos dias, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, revelou que países estão pressionando o Brasil para transferir a conferência devido aos altos preços de hospedagem na cidade.
De acordo com reportagens, hotéis em Belém estão cobrando valores exorbitantes, com um estabelecimento conhecido como "Hotel COP30" cobrando até 80 vezes o valor normal da diária. Informações da revista Veja indicam que hotéis de duas estrelas estão pedindo R$ 25 mil pelos 11 dias do evento, superando preços de hospedagens em cidades como Nova York e Paris. Além disso, anúncios de casas para alugar durante a conferência chegam a valores de até R$ 2,2 milhões.
A situação gerou revolta entre representantes de países em desenvolvimento, que afirmam que os preços extorsivos inviabilizam sua participação. O Ministério do Turismo, ciente das denúncias de preços abusivos, está monitorando a situação, mas ainda não se manifestou oficialmente sobre possíveis medidas para conter a especulação. A COP30, que visa discutir ações para combater as mudanças climáticas, pode enfrentar sérios desafios logísticos e de acessibilidade se os preços não forem ajustados.