A proximidade das eleições na Federação Paraense de Futebol (FPF), agendadas para 2026, reacende polêmicas em torno da presidência da entidade. Nesta quinta-feira (1º), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um memorando oficial em resposta a denúncias contra Ricardo Gluck Paul, atual vice-presidente da CBF e presidente da FPF-PA. As acusações foram levantadas por Reginaldo Souza, vice-presidente da FPF-PA, que questionou o acúmulo de cargos de Gluck Paul e apresentou a denúncia ao Ministério Público do Pará.
Segundo Souza, o artigo 151 do Estatuto da CBF limita a permanência simultânea em cargos executivos a 180 dias, desde que haja uma licença oficial. No entanto, a CBF contestou essa interpretação, afirmando que o Estatuto vigente desde 2017 não impõe tal restrição. A entidade também citou o artigo 208 da Lei Geral do Esporte, que proíbe administradores de ocuparem cargos em organizações que regulam as mesmas modalidades.
Além das questões sobre os cargos, Reginaldo Souza acusou Gluck Paul de usar indevidamente sua assinatura em convocação de Assembleia Geral Ordinária da FPF-PA e apontou irregularidades administrativas, incluindo contratos com empresas ligadas à esposa do presidente. Em resposta, a FPF-PA negou todas as alegações, classificando-as como motivadas politicamente para desestabilizar a gestão atual. O caso está sob investigação do Ministério Público do Pará, com a expectativa de desdobramentos judiciais nos próximos meses, enquanto Gluck Paul continua a exercer suas funções com o apoio da CBF.