O uso de inteligência artificial (IA) na construção civil brasileira tem se intensificado, com empresas como a MRV e a Direcional incorporando assistentes virtuais para melhorar a eficiência operacional. A MRV, uma das maiores construtoras do país, adotou a IA generativa em seu chatbot de atendimento ao cliente, resultando em uma redução de sua equipe de vendas de 100 para 20 pessoas, além de afirmar que cerca de 70% das vendas passam pelo sistema. A Direcional também começou a utilizar a IA em 2024, reduzindo o tempo de qualificação de leads em 25% e devolvendo mais de 10 mil horas de trabalho mensalmente às suas equipes.
Além da MRV e Direcional, outras construtoras como a Tenda e a Eztec estão investindo em tecnologias de IA para otimizar suas operações. A Tenda lançou uma plataforma que integra grandes modelos de linguagem, enquanto a Eztec desenvolveu a ferramenta Tec.IA para apoiar corretores, reduzindo o tempo de conversão em vendas pela metade. Apesar do crescimento da adoção da IA, especialistas destacam que muitas construtoras menores ainda enfrentam dificuldades financeiras para implementar essas inovações, limitando o avanço da tecnologia no setor.
As implicações da adoção da IA na construção civil são significativas, prometendo não apenas aumentar a eficiência operacional, mas também transformar a experiência do cliente. Contudo, o desafio permanece para as empresas menores que não têm os recursos necessários para investir em tecnologia. À medida que o setor avança, será crucial encontrar formas de democratizar o acesso à inteligência artificial, garantindo que todos os players do mercado possam se beneficiar dessa transformação digital.