A popularidade do consórcio cresce no Brasil, com 1,68 milhão de contemplações registradas em 2024, das quais 78,3% foram obtidas por meio de lances. Segundo especialistas, a eficácia dessa estratégia depende do estágio do grupo de consórcio e da saúde financeira do mesmo. Grupos em formação tendem a exigir lances mais altos e demoram mais para contemplar, enquanto grupos mais maduros podem oferecer oportunidades mais rápidas.
Ricardo Moura, COO da W1 Consultoria, ressalta que a maturidade do grupo é crucial para o número de contemplações. Ele explica que a saúde financeira do grupo impacta diretamente na quantidade de lances e na gestão dos recursos disponíveis. Além disso, o consórcio deve ser visto como uma estratégia de longo prazo, com um horizonte financeiro de pelo menos três anos, não sendo adequado para quem busca soluções imediatas.
Luiz Augusto Valerio, sócio da Nippur Consórcios, complementa que a estratégia de dar lance deve estar alinhada ao planejamento financeiro do cliente. Em cenários de juros altos, manter parte do capital aplicado e usar uma fração menor para dar um lance pode ser vantajoso. Isso permite que o consorciado acesse a carta de crédito sem comprometer sua liquidez ou perder o potencial de rendimento dos investimentos.