O Conselho de Segurança da ONU, com a exceção dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira, 27 de agosto, que a fome na Faixa de Gaza é uma ‘crise provocada pelo homem’, responsabilizando Israel pela escassez de alimentos. Em uma declaração conjunta, os 14 países presentes, incluindo China, França e Reino Unido, exigiram um cessar-fogo imediato e a ampliação da ajuda humanitária, além da suspensão das restrições israelenses à entrada de suprimentos essenciais no enclave.
A vice-chefe humanitária da ONU, Joyce Msuya, destacou que mais de meio milhão de pessoas já enfrentam fome na região centro-norte da Faixa de Gaza e que esse número pode ultrapassar 640 mil até o fim de setembro. O Ministério da Saúde de Gaza informou que 313 pessoas morreram devido à fome, incluindo 119 crianças. A declaração do Conselho gerou reações diversas, com o Hamas saudando-a como um reconhecimento dos crimes israelenses e o governo israelense contestando as conclusões do relatório da ONU.
O Papa Leão XIV também se manifestou, pedindo um cessar-fogo imediato no Oriente Médio, enquanto a chefe da ONG Save the Children acusou as potências mundiais de inação diante da crise. A situação em Gaza continua crítica, com apelos internacionais por ação urgente para evitar uma catástrofe humanitária ainda maior, enquanto o Hamas pede responsabilização dos líderes israelenses por crimes contra a humanidade.