Uma conselheira tutelar do Distrito Federal, identificada como Cláudia Damiana da Silva Teixeira, está sob investigação por condutas violentas durante o atendimento a uma adolescente em 19 de setembro de 2024. A jovem relatou ter sido vítima de violência psicológica e sexual por parte do pai e, durante a consulta, foi alvo de comentários discriminatórios e coação psicológica por parte da conselheira, que afirmou que “ser lésbica e ateia é coisa do demônio”. Após essa interação, a adolescente tentou se suicidar, levando à aplicação de uma medida protetiva contra Cláudia Damiana.
O caso gerou uma série de investigações envolvendo o Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT), a Polícia Civil (PCDF) e a Comissão de Ética e Disciplina dos Conselheiros Tutelares (Cedicon). O MPDFT iniciou um inquérito civil para apurar as condutas da conselheira, enquanto a PCDF investiga o caso através da Delegacia de Atendimento à Mulher. A Cedicon também abriu um processo administrativo após denúncias anônimas, evidenciando a gravidade das alegações e a necessidade de uma resposta institucional adequada.
As implicações deste caso são profundas, não apenas para a conselheira tutelar, que pode enfrentar penalidades severas, mas também para o sistema de proteção à infância no Brasil. A situação destaca a importância de um atendimento sensível e respeitoso às vítimas de violência, especialmente em contextos tão vulneráveis. A sociedade aguarda respostas sobre as medidas que serão tomadas para garantir a proteção das crianças e adolescentes atendidos por profissionais da área.