A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) decidiu, em 22 de agosto de 2025, não incorporar ao SUS os medicamentos liraglutida e semaglutida, conhecidos popularmente como canetas emagrecedoras. A recomendação foi encaminhada ao Ministério da Saúde, que destacou o impacto financeiro estimado em R$ 8 bilhões anuais e a importância de considerar as melhores evidências científicas disponíveis sobre eficácia e segurança dos tratamentos propostos.
Além disso, a Conitec ressaltou a relevância de garantir que novos medicamentos sejam incorporados ao SUS apenas quando há comprovação de sua efetividade e segurança. A decisão ocorre em um contexto onde o uso indiscriminado desses medicamentos tem gerado preocupações entre especialistas e entidades médicas, que defendem um controle mais rigoroso na prescrição e dispensação dos mesmos.
As implicações dessa decisão são significativas, pois visam proteger a saúde da população brasileira e evitar riscos associados ao uso inadequado desses fármacos. A retenção das receitas para canetas emagrecedoras, já implementada pela Anvisa, busca coibir a automedicação e garantir que apenas pacientes que realmente necessitam tenham acesso a esses tratamentos. Essa medida também reforça a importância da ampliação da oferta de medicamentos genéricos, contribuindo para a redução de preços e maior acesso à saúde.