A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) decidiu, em 22 de agosto de 2025, rejeitar a inclusão de canetas emagrecedoras no Sistema Único de Saúde (SUS). A recomendação foi encaminhada ao Ministério da Saúde, que considerou o impacto financeiro significativo que a adoção desses medicamentos poderia acarretar para o sistema público de saúde. A decisão da Conitec ressalta a necessidade de avaliar cuidadosamente os custos e benefícios dos tratamentos disponíveis, especialmente em um contexto onde a obesidade é uma preocupação crescente na saúde pública brasileira.
A rejeição das canetas emagrecedoras, como o Ozempic, levanta importantes discussões sobre o acesso a tratamentos eficazes para emagrecimento e suas implicações para a saúde da população. Enquanto muitos pacientes buscam alternativas para lidar com a obesidade, a decisão da Conitec pode limitar as opções disponíveis no SUS, gerando um debate sobre a responsabilidade do governo em fornecer tratamentos acessíveis e eficazes. Além disso, essa situação pode incentivar o uso de medicamentos fora do sistema público, aumentando os custos individuais e as desigualdades no acesso à saúde.
As implicações dessa decisão são significativas, pois refletem as tensões entre a necessidade de controle de gastos públicos e o direito à saúde. A Conitec deve continuar monitorando as evidências sobre a eficácia e segurança das canetas emagrecedoras, enquanto o Ministério da Saúde enfrenta o desafio de equilibrar orçamento e saúde pública. O futuro dos tratamentos para obesidade no Brasil dependerá de como essas questões serão abordadas nos próximos anos.