A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) decidiu, em 23 de agosto de 2025, não incorporar ao SUS a liraglutida e a semaglutida, princípios ativos de medicamentos conhecidos como canetas emagrecedoras. O pedido de inclusão foi feito pela farmacêutica Novo Nordisk, fabricante do Wegovy, mas o Ministério da Saúde informou que as decisões da Conitec consideram as melhores evidências científicas disponíveis, incluindo análises de custo-efetividade, e que o impacto financeiro estimado seria de R$ 8 bilhões anuais.
Além disso, a Conitec destacou acordos firmados entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a farmacêutica EMS para a produção dos medicamentos, enfatizando a importância da ampliação da oferta de genéricos para estimular a concorrência e reduzir preços. Desde junho, farmácias começaram a reter receitas para esses medicamentos, uma medida que visa proteger a saúde da população devido ao aumento de eventos adversos relacionados ao uso inadequado. Entidades médicas apoiam essa restrição, alertando sobre os riscos do uso indiscriminado e a necessidade de garantir acesso apenas aos pacientes que realmente necessitam do tratamento.