A Câmara Baixa do Congresso Argentino tomou uma decisão histórica ao rejeitar o veto do presidente Javier Milei a uma lei crucial que aumentaria os fundos destinados a pessoas com deficiência. Com 172 votos a favor da rejeição, 73 contra e duas abstenções, a votação superou os dois terços necessários para derrubar o veto presidencial. A legislação, aprovada originalmente em julho com apoio bipartidário, visa ajustar pagamentos atrasados de assistência à saúde e fortalecer o sistema previdenciário para esse grupo.
O presidente Milei justificou seu veto com base em sua política de austeridade, alegando que a despesa representaria um risco à estabilidade econômica. No entanto, essa decisão encontrou forte resistência nas ruas de Buenos Aires, onde manifestantes, como Valentina Bassi, clamaram por direitos dignos para pessoas com deficiência. Sua declaração ressoou até nos Estados Unidos, onde a situação na Argentina está sendo acompanhada de perto.
O impacto prático desse confronto institucional pode ser significativo, especialmente se o Senado confirmar a derrubada do veto. Essa seria a primeira vez que o Congresso Argentino revoga um veto de Milei, constituindo uma vitória simbólica para os defensores dos direitos sociais. A pressão política crescente agora se volta ao Senado, onde será necessário obter novamente dois terços dos votos para que a lei entre em vigor definitivamente.