Na noite da última quarta-feira (6), um incidente entre os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Camila Jara (PT-MS) provocou tumulto na Câmara dos Deputados durante a desobstrução do plenário. O evento ocorreu após a chegada do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), quando seguranças e parlamentares iniciaram a retirada de manifestantes que ocupavam a mesa da presidência. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra Ferreira caindo ao chão após um possível empurrão de Jara, gerando uma série de acusações entre os envolvidos.
Nikolas Ferreira, em suas redes sociais, afirmou ter sido agredido pela deputada e insinuou que a ação foi intencional, afirmando que "a esquerda age assim: te agride quando ninguém está vendo". Por outro lado, Camila Jara negou as acusações em nota ao jornal O Globo, alegando que apenas reagiu ao aperto da multidão no momento do incidente. A deputada, que enfrenta um tratamento contra o câncer, expressou sua indignação com a viralização do caso, considerando-o uma "campanha de perseguição" nas redes sociais.
Jara também destacou que, como qualquer mulher, reagiria ao ser pressionada em um ambiente caótico e reafirmou seu compromisso com o diálogo, sem se deixar intimidar pelo que chamou de "ódio dos que desrespeitam a democracia". O episódio se soma a uma série de polêmicas envolvendo Nikolas Ferreira, que foi condenado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por transfobia, em um caso que remonta a 2020, quando ainda era vereador em Belo Horizonte.