O setor imobiliário brasileiro está se reinventando com o crescimento de condomínios voltados para pessoas acima de 60 anos, refletindo a crescente longevidade da população. Thereza Taylor, de 66 anos, trocou sua antiga casa por um lar na Agerip, em São José do Rio Preto (SP), um dos primeiros empreendimentos de senior living no país. Com foco em moradias independentes e serviços sob demanda, esses condomínios buscam promover a socialização e o bem-estar dos moradores.
A Agerip, criada há quase 50 anos, inspirou o surgimento de novos projetos em diversas cidades brasileiras, como a Naara Longevità Residence, em Higienópolis (SP), e o Bioos, em Curitiba. Com a previsão de que 30% da população brasileira terá mais de 60 anos até 2050, grandes incorporadoras estão investindo nesse segmento, que promete um mercado bilionário. Os empreendimentos oferecem não apenas moradia, mas também serviços que visam garantir qualidade de vida e saúde aos idosos.
Entretanto, especialistas alertam para os desafios regulatórios enfrentados por esses novos modelos de moradia. A necessidade de um olhar regulatório inovador é fundamental para integrar normas de saúde e hospitalidade, garantindo a segurança e o bem-estar dos moradores. Além disso, essa tendência representa uma mudança cultural significativa no Brasil, onde o envelhecimento ainda é um tabu a ser superado.