Produtores de tangerina ponkan em Conceição do Castelo, no Espírito Santo, estão otimistas com a colheita deste ano, que deve ser 30% maior em comparação a 2024. A safra, que começou em maio e se estenderá até agosto, é uma das mais promissoras da região, com previsão de mais de 120 mil caixas colhidas. O município, que é o segundo maior produtor do estado, atrás de Domingos Martins, destaca-se pela qualidade da fruta.
De acordo com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a produção na região Serrana é significativa, com mais de 24 mil toneladas de tangerina ponkan colhidas anualmente, gerando um valor estimado em R$ 12 milhões. O extensionista Cleber Cássio Ferreira explica que a variedade ponkan representa 99% da produção local e é frequentemente confundida com a mexerica, que possui características distintas.
Cerca de 40 famílias de agricultores familiares cultivam a tangerina na região, muitas delas adotando práticas de consórcio com outras culturas, como o café. Além da produção agrícola, o agroturismo também se beneficia da safra, permitindo que turistas vivenciem a colheita da fruta em propriedades locais. A iniciativa visa promover uma experiência autêntica do campo, onde os visitantes podem colher e degustar a tangerina diretamente da árvore.
Além do mercado tradicional, as tangerinas menores, que não atendem aos padrões de venda, são aproveitadas na produção de doces, geleias e bebidas, garantindo que nenhum produto se perca. O sucesso da tangerina ponkan em Conceição do Castelo reflete a diversidade e a inovação dos agricultores da região, que buscam novas formas de agregar valor à sua produção.