Na sexta-feira, 22 de agosto de 2025, comunidades em Goiás e Amazonas foram oficialmente reconhecidas como quilombolas, recebendo certificados de autorreconhecimento. O agricultor Joaquim Moreira, de 86 anos, recebeu seu documento em uma cerimônia em Brasília, que marcou os 37 anos da Fundação Cultural Palmares. O evento contou com a presença do presidente da fundação, João Jorge Santos Rodrigues, e da ministra da Cultura, Margareth Menezes.
O certificado expedido pela Fundação Palmares é um passo importante para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) realize estudos antropológicos sobre as origens das comunidades tradicionais. Além disso, a certificação garante proteção legal e acesso a políticas públicas para os moradores, especialmente em uma região marcada por disputas judiciais desde a década de 1940. Willianderson Moreira, uma das lideranças quilombolas, destacou a importância do documento para a defesa da comunidade.
Durante a cerimônia, também foi entregue um certificado à comunidade urbana de Baixa da Xanda, em Parintins (AM). A ministra Margareth Menezes enfatizou a necessidade de valorizar a cultura negra e as ações de reparação histórica. O evento ainda contou com a presença de embaixadores africanos e anunciou parcerias com instituições acadêmicas para promover a documentação dos povos quilombolas, reforçando a luta pela igualdade e liberdade.