Uma comitiva de entidades e empresários brasileiros embarca neste domingo, 31, rumo a Washington para uma audiência no Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), mesmo após o Tribunal de Apelações dos EUA declarar ilegais as tarifas impostas por Donald Trump. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, destacou que a decisão não interfere na missão, pois já era esperada e Trump tem o direito de recorrer à Suprema Corte, o que pode prolongar o processo por até um ano e meio.
Velloso também enfatizou a importância do trabalho de escritórios de advogados contratados para contestar a aplicação da Seção 301 contra o Brasil. Essa seção permite que os EUA investiguem práticas comerciais, e as tarifas impostas por Trump podem ser consideradas injustas, especialmente em relação ao Brasil, onde algumas alíquotas chegam a 50%. A delegação brasileira pretende questionar essas tarifas durante sua visita.
As implicações dessa situação são significativas para as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A continuidade das tarifas elevadas pode prejudicar as exportações brasileiras e complicar ainda mais o comércio bilateral. Com a possibilidade de um recurso à Suprema Corte, o desfecho desse caso pode levar tempo, mantendo a incerteza sobre o futuro das tarifas e suas consequências econômicas para ambos os países.