A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República decidiu, em 25 de agosto de 2025, rejeitar o pedido de reconsideração da penalidade aplicada ao ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. Ele foi punido devido ao esquema do ‘gabinete paralelo’ no Ministério da Educação (MEC), revelado pelo Estadão em 2022. A decisão mantém a ‘censura ética’ imposta ao ex-ministro, que já havia sido exonerado e enfrentou investigações por tráfico de influência e corrupção.
A defesa de Milton Ribeiro argumenta que a decisão da CEP é arbitrária e sem base empírica, e anunciou que recorrerá ao Judiciário. O caso envolve a atuação de pastores evangélicos que, sem vínculo formal com o MEC, interferiram na agenda do ministério para favorecer a liberação de verbas a aliados. A Comissão de Ética destacou que o pedido de reconsideração não trouxe novos elementos que pudessem alterar a decisão anterior, reafirmando a autonomia das esferas ética, penal e administrativa.
O conselheiro relator, Manoel Caetano Ferreira Filho, ressaltou que a análise se concentra na conduta do ex-ministro, considerada contrária aos preceitos éticos do serviço público. A situação levanta questões sobre a integridade das práticas administrativas no governo anterior e pode ter desdobramentos significativos para a imagem pública de Ribeiro e para futuras investigações relacionadas ao seu mandato.