Uma jovem colombiana de 34 anos, Lorena Rodríguez, passou por uma cirurgia inovadora em Bogotá para tratar sua depressão crônica. O procedimento, realizado pelo neurocirurgião William Contreras, utiliza a estimulação cerebral profunda (DBS), uma técnica geralmente aplicada em casos de Doença de Parkinson, mas agora adaptada para a saúde mental. A cirurgia foi realizada em abril e representa um avanço significativo no tratamento de pacientes que não respondem aos métodos convencionais.
A DBS consiste na implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, funcionando como um “marca-passo” cerebral que estimula continuamente o órgão. Essa abordagem é recomendada para casos de depressão refratária, onde tratamentos tradicionais falharam. Segundo Contreras, os resultados podem variar, com até 60% dos pacientes apresentando melhora significativa dos sintomas após o procedimento.
Com a previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a depressão se tornará a doença mais comum do mundo até 2030, essa técnica pode abrir novas possibilidades para o tratamento da saúde mental. Embora os estudos mostrem um perfil encorajador de eficácia e segurança, ainda são necessárias mais pesquisas para determinar os alvos ideais da estimulação cerebral e ampliar a aplicabilidade dos resultados obtidos até agora.