A Colômbia reforçou suas operações militares em resposta a uma onda de violência que deixou ao menos 18 mortos na quinta-feira, 21 de agosto. Os ataques, que incluíram o derrube de um helicóptero e a detonação de um caminhão explosivo em Cali, resultaram na morte de 12 militares e seis civis, além de mais de 100 feridos. As autoridades atribuem os atos a dissidências das Farc, que se opõem ao acordo de paz de 2016.
O presidente Gustavo Petro, após reunião com ministros e líderes militares em Cali, caracterizou os ataques como uma reação dos guerrilheiros às operações contra cultivos de coca na região do ‘Cânion do Micay’. Ele enfatizou a gravidade da situação, descrevendo os eventos como atos de terror. A militarização da cidade de Cali foi ordenada pelo prefeito Alejandro Eder, enquanto o Exército mobilizou suas tropas em Antioquia para enfrentar os grupos armados.
A escalada da violência ocorre em um contexto de crise de segurança na Colômbia, a menos de um ano das eleições presidenciais. Desde a chegada de Petro ao poder em 2022, as tentativas de negociação com grupos armados têm enfrentado dificuldades, com poucos avanços significativos. Especialistas alertam que a falta de presença estatal nas áreas afetadas facilitou o fortalecimento de novos grupos armados, complicando ainda mais a situação.