O Coco de Roda, uma das mais significativas expressões culturais de Alagoas, é celebrado como um símbolo de resistência e identidade do povo alagoano. Comemorado no Dia do Folclore, em 22 de agosto, o ritmo contagiante e a dança do coco são heranças que refletem a rica mistura de influências africanas e indígenas, sendo mantidos vivos por mestres e mestras que desempenham um papel crucial na transmissão de saberes e tradições.
A dança do coco é caracterizada pelo pisar dos pés no chão, acompanhada por cantadores que puxam as músicas na roda. Essa prática não apenas celebra a cultura popular, mas também desafia hierarquias tradicionais, promovendo uma interação ativa entre os participantes. Mestres como Maria José da Silva, a Mestra Zeza do Coco, são referências vivas que garantem a continuidade dessa tradição, transmitindo valores éticos e afetivos essenciais à identidade alagoana.
A presença da juventude é vital para a renovação do Coco de Roda, com jovens participando ativamente de grupos culturais e oficinas. Essa nova geração reconhece o coco como um espaço potente de expressão e resistência cultural, contribuindo com novas linguagens e perspectivas que asseguram a relevância dessa manifestação artística no contexto contemporâneo.