A Confederação Nacional da Indústria (CNI) solicitou, nesta segunda-feira (18), a participação na audiência pública que integra a investigação dos Estados Unidos contra o Brasil por práticas comerciais desleais. A entidade considera as acusações infundadas e sem base legal, apresentando uma defesa formal ao USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA). A audiência está marcada para 3 de setembro e foi iniciada em julho, sob a determinação do presidente Donald Trump.
No pedido, a CNI argumenta que o Brasil respeita os acordos internacionais e mantém um ambiente competitivo, refutando alegações como restrições ao comércio digital e favorecimento do sistema de pagamentos Pix. Além disso, a confederação destaca que mais de 70% das exportações dos EUA entram no Brasil sem tarifas, sugerindo que as preocupações devem ser resolvidas por meio de diálogo bilateral.
A investigação, baseada na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, permite a imposição de tarifas adicionais após análise de práticas comerciais consideradas injustas. A participação da CNI na audiência pode influenciar as relações comerciais entre os dois países e evitar possíveis sanções econômicas que poderiam impactar o comércio bilateral.