A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou sua oposição à proposta do governo de reduzir incentivos fiscais, com o objetivo de gerar uma economia de quase R$ 20 bilhões em 2026. Em nota divulgada no último sábado (30), a CNI alertou que essa medida pode resultar em um aumento da carga tributária e na perda de competitividade da indústria nacional, que já enfrenta desafios como o alto custo de capital e tarifas elevadas sobre produtos brasileiros impostas pelos Estados Unidos.
O projeto, protocolado pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), propõe uma redução linear de 10% nos benefícios fiscais concedidos pela União. A CNI argumenta que o PLP 182/2025 só seria viável se fosse parte de um pacto mais amplo para reestruturar os gastos públicos, visando uma maior eficiência orçamentária em todos os poderes.
Ricardo Alban, presidente da CNI, ressaltou que a redução dos incentivos fiscais em um cenário já marcado por uma carga tributária elevada poderia agravar as dificuldades enfrentadas por setores com margens de lucro estreitas. A proposta deve ser apensada ao relatório que estabelece padrões mínimos para concessão de benefícios tributários, o que levanta preocupações sobre o futuro da competitividade industrial no Brasil.