O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou novas diretrizes para instituições financeiras associadas ao Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em reunião extraordinária realizada na última sexta-feira, 1º de setembro. As novas regras, que entrarão em vigor em 1º de junho de 2026, visam limitar a alavancagem dessas instituições, exigindo que, caso o volume de recursos aplicados ultrapasse 10 vezes o Patrimônio Líquido Ajustado, o excedente seja investido em títulos públicos federais, considerados mais seguros.
A medida busca mitigar riscos excessivos que instituições financeiras podem assumir ao captar recursos de investidores. O Banco Master, por exemplo, foi mencionado como um caso em que a captação de recursos foi feita de forma agressiva, oferecendo rendimentos acima da média do mercado, mas utilizando ativos problemáticos, como precatórios, para garantir esses pagamentos. Essa situação gerou preocupações sobre a capacidade dessas instituições de honrar suas obrigações financeiras.
Além disso, o CMN anunciou alterações nas contribuições mensais ao FGC, aumentando a taxa da contribuição adicional de 0,01% para 0,02% para instituições com perfil mais arriscado. Essa mudança visa reduzir o risco moral e garantir a saúde financeira do sistema, sem comprometer o crescimento das instituições ou a concorrência no setor. O Banco Central não informou se outras instituições além do Banco Master serão impactadas pelas novas regras, que surgem em meio a investigações sobre a compra do banco pelo Banco de Brasília (BRB).