O vice-presidente da União Progressista, senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu nesta terça-feira (19) que os filiados à federação que ocupam cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixem a administração petista. A proposta foi endossada pelo presidente da federação, Antônio de Rueda, que afirmou que as comissões executivas dos partidos deliberarão sobre a questão. “Quanto antes a gente tratar, mais simples será tocar essa federação”, disse Nogueira, ressaltando que a permanência de membros do partido no governo é “constrangedora”.
A nova federação, formada pelo União Brasil e Progressistas, é a maior bancada do Congresso, controlando quatro ministérios. Nogueira, ex-ministro da Casa Civil no governo Jair Bolsonaro (PL), destacou que as duas siglas devem votar unidas em pautas contrárias ao aumento de impostos, mas estão abertas a apoiar boas propostas do governo. Além disso, ele enfatizou a necessidade de construir uma alternativa eleitoral para 2026, dado que Bolsonaro está inelegível até 2030.
Ciro Nogueira acredita que a união dos partidos na próxima eleição pode resultar em uma vitória no primeiro turno. Ele mencionou que, embora tenha apoiado Bolsonaro no passado, é essencial buscar um novo nome competitivo para liderar a oposição. O senador indicou que a definição rápida do quadro eleitoral é crucial para o sucesso da federação nas próximas eleições.