Após a formalização da federação entre União Brasil e Progressistas, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, afirmou que é constrangedor integrar o governo Lula e defendeu um desembarque rápido. Durante evento na terça-feira, 19, Nogueira expressou sua insatisfação com a presença de membros do seu partido no governo, destacando que essa situação deveria ser proibida. No entanto, a decisão sobre o desembarque ainda carece de consenso entre os partidos envolvidos.
O ministro do Esporte, André Fufuca, que é filiado ao PP, optou por não comentar sobre a pressão para deixar o cargo e reafirmou seu apoio a Lula. O ministro do Turismo, Celso Sabino, também presente no evento, mencionou que qualquer decisão sobre o desembarque será tomada coletivamente. A federação União Progressista, que agora possui a maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, levanta questões sobre a identidade política dos partidos e suas direções futuras.
A declaração de Nogueira reflete um momento de tensão dentro da federação, com integrantes clamando por uma definição clara sobre se estão com o governo ou em oposição. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também enfatizou a necessidade de uma posição clara para o partido. Com a federação dominando o cenário político e tendo acesso a significativas fatias do fundo eleitoral e partidário, as decisões tomadas agora poderão impactar profundamente as próximas eleições e a dinâmica política no Brasil.