Cinco décadas após o incêndio que devastou o Edifício Joelma, em São Paulo, a tragédia continua a impactar a memória coletiva da cidade. O incidente, que ocorreu em 1º de fevereiro de 1974, resultou na morte de mais de 180 pessoas e deixou um legado de dor e lendas urbanas, incluindo a famosa história das 13 almas do Joelma, vítimas não identificadas que, segundo relatos, ainda se manifestam por meio de fenômenos sobrenaturais.
O incêndio teve início devido a um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado no 12º andar e, em menos de 20 minutos, as chamas consumiram 18 dos 25 andares do prédio. Entre as vítimas, 13 corpos carbonizados foram encontrados em um elevador e enterrados em um jazigo coletivo no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina, onde a devoção popular cresceu ao longo dos anos.
O pesquisador Thiago de Souza, especialista em manifestações sobrenaturais, relata que o mito das 13 almas começou após um funcionário do cemitério ouvir vozes e gritos vindos da área do sepultamento. Esse episódio gerou uma série de relatos de visitantes que afirmam ter experiências semelhantes no local, levando à criação de um culto em torno das vítimas.
Com o aumento das visitas, uma capela foi construída sobre o jazigo coletivo, onde fiéis deixam oferendas e pedidos de oração. Apesar de não ter reconhecimento oficial da Igreja Católica, a devoção persiste, com muitos atribuindo curas e bênçãos às 13 almas, que se tornaram um símbolo de fé e resistência na cidade de São Paulo.