Cientistas internacionais, incluindo físicos do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), registraram uma explosão cósmica extremamente rara e poderosa, apelidada de RBFLOAT, a cerca de 130 milhões de anos-luz da Terra, na constelação da Ursa Maior. Este fenômeno, classificado como uma fast radio burst (FRB), é tão luminoso que se destaca como um dos mais brilhantes já observados, permitindo aos pesquisadores estudar em detalhes um evento considerado normal no universo.
O clarão foi detectado pelo CHIME, um conjunto de antenas localizadas no Canadá, que recentemente recebeu reforços com estações menores chamadas CHIME Outriggers. Essa combinação possibilitou identificar não apenas a galáxia de origem, NGC 4141, mas também a região exata dentro dela, o que é inédito. Os cientistas sugerem que magnetars, estrelas de nêutrons com campos magnéticos intensos, possam estar por trás desse fenômeno, embora sua origem ainda permaneça um mistério.
A descoberta reacende um debate central na astronomia sobre as origens das FRBs, já que algumas se repetem enquanto a maioria ocorre apenas uma vez. Shion Andrew, doutorando do MIT, enfatiza que a identificação de centenas de FRBs por ano pode levar a uma melhor compreensão da diversidade desses eventos. O estudo foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters e representa um avanço significativo na investigação das explosões rápidas de rádio desde sua identificação inicial.