Cientistas anunciaram a descoberta de um vírus gigante, batizado de PelV-1, no Oceano Pacífico, conforme publicado na revista Science na última terça-feira (29). Este microrganismo, que possui uma cauda de 2,3 micrômetros, é considerado uma raridade no mundo viral, uma vez que caudas longas são incomuns entre esses organismos. O PelV-1 foi encontrado infectando o fitoplâncton Pelagodinium, essencial na cadeia alimentar marinha.
O vírus, que apresenta um capsídeo de 200 nanômetros, destaca-se não apenas por sua estrutura incomum, mas também por seu material genético, que contém genes relacionados ao metabolismo e à captação de luz. Essa característica é rara entre os vírus e sugere que o PelV-1 pode ter adaptações que lhe permitem aproveitar a luz solar, uma vantagem em seu habitat.
A descoberta ocorreu no Giro Subtropical do Pacífico Norte, uma região ecologicamente significativa. Os pesquisadores acreditam que a longa cauda do PelV-1 desempenha um papel crucial no processo de infecção, permitindo que o vírus se prenda à célula do fitoplâncton antes de ser internalizado. A pesquisa foi inicialmente divulgada em uma pré-publicação no bioRxiv, um repositório respeitado de estudos biológicos, embora ainda não tenha passado pela revisão de pares.