Pesquisadores anunciaram a descoberta de um raro fóssil de um Hifalossauro de duas cabeças, datado de mais de 100 milhões de anos, encontrado no norte da China. Este espécime, o mais antigo conhecido com essa condição, foi descrito em um estudo publicado na revista Biology Letters. O fóssil apresenta uma má formação conhecida como bifurcação axial, onde a coluna vertebral se divide em duas a partir da cintura escapular, formando dois pescoços longos que terminam em crânios distintos.
A análise dos restos mortais revelou que o Hifalossauro, que na fase adulta ultrapassava um metro de comprimento, aparenta ser um embrião ou recém-nascido, medindo apenas 70 milímetros. Os pesquisadores confirmaram a autenticidade do fóssil, que está intacto e sem evidências de colagem, o que o torna ainda mais raro. Embora outros animais com a mesma condição tenham sido registrados, como uma cobra na África do Sul e um tubarão no litoral de São Paulo, nenhum se aproxima da relevância científica deste Hifalossauro.
Este achado não apenas enriquece o registro fóssil, mas também oferece novas perspectivas sobre as anomalias genéticas em répteis. A raridade da bifurcação axial e a preservação excepcional deste espécime ressaltam sua importância para a paleontologia. Mesmo quase 20 anos após sua descrição inicial, o Hifalossauro continua sendo um marco no estudo das malformações em animais pré-históricos.