Pesquisadores das universidades de Oxford e Cambridge alertam para um futuro sombrio da civilização humana, indicando que a extinção da humanidade pode ocorrer em um prazo que varia entre 25 e 100 anos. Entre as ameaças apontadas estão mudanças climáticas descontroladas, o avanço de armas nucleares, vírus artificiais e o desenvolvimento de inteligências artificiais hostis. O futurólogo Toby Ord prevê que o colapso total da civilização deve ocorrer em até 75 anos, enquanto Nick Bostrom considera real a possibilidade de extinção no próximo século.
O escritor Jared Diamond, vencedor do Prêmio Pulitzer, estima em apenas 50% as chances de sobrevivência da humanidade além de 2050. Luke Kemp, pesquisador de Cambridge, argumenta que todas as grandes civilizações foram autoexterminadoras, destruídas por desigualdade social, corrupção e degradação ambiental. Os especialistas listam riscos atuais como cerca de 10 mil ogivas nucleares espalhadas pelo mundo e pandemias potencializadas pela velocidade de deslocamento global, além do aquecimento climático em ritmo inédito na história geológica.
O temor em relação a um colapso global tem impulsionado o mercado de “mansões-bunker” para bilionários, com figuras como Peter Thiel e Sam Altman adquirindo refúgios na Nova Zelândia. Embora algumas propostas de mitigação estejam sendo discutidas, como a injeção de aerossóis estratosféricos para reduzir a radiação solar, os pesquisadores alertam que essas soluções também podem acarretar riscos imprevisíveis e acelerar o desastre caso falhem. “Estamos diante de um risco real de aniquilação humana ainda neste século”, afirmam os autores.