Diversas cidades brasileiras enfrentam o desafio de regulamentar a prática do ‘grau’, uma manobra arriscada realizada por motociclistas em que a moto é equilibrada em uma roda só. Apesar de o Código de Trânsito Brasileiro proibir essa atividade, a fiscalização é insuficiente e as punições variam de multas a detenção, dependendo da gravidade da infração. O advogado Caio Miranda destaca que a falta de efetivo policial e a cultura de aceitação social dificultam a abordagem dos infratores.
Para coibir essa prática perigosa, algumas prefeituras têm adotado estratégias como operações de fiscalização em pontos críticos e campanhas de conscientização. No Espírito Santo, uma lei aprovada reconhece o ‘wheeling’ como uma prática esportiva, permitindo sua realização em locais adequados e com segurança. O deputado Coronel Weliton, autor da proposta, defende que essa regulamentação oferece uma alternativa segura para os praticantes, que buscam espaços próprios para suas manobras.
Entretanto, mesmo com o reconhecimento do ‘grau’ como esporte, sua prática continua proibida nas vias públicas. Outras cidades, como João Lisboa (MA) e Curitiba (PR), também discutem legislações semelhantes. A falta de fiscalização adequada e a resistência cultural à denúncia de infrações permanecem como obstáculos significativos para a efetividade das novas regras.